quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Estudo vincula falta de vitamina D à menstruação precoce


Isso é importante porque a menstruação adiantada é um fator de risco de problemas de conduta e psicossociais

WASHINGTON - O baixo nível de vitamina D nas pré-adolescentes pode ser uma das causas da menstruação precoce, um fator de risco para a saúde a curto e a longo prazo, segundo um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition.

O estudo, realizado em Bogotá pelo professor Eduardo Villamor, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan (EUA), em colaboração com a Universidade Nacional da Colômbia, analisou a evolução de 242 meninas entre cinco e 12 anos durante 30 meses.
A equipe multidisciplinar, no qual participaram médicos e nutricionistas, determinou que as meninas que tinham baixos níveis de vitamina D foram duas vezes mais propensas a começar a menstruação antes que as que tinham os níveis considerados adequados.
Isto é importante porque, segundo o professor Villamor explicou, a menstruação adiantada é um fator de risco de problemas de conduta e psicossociais nas adolescentes. Além disso, "as meninas que têm uma menarca precoce têm um risco maior de desenvolver doenças crônicas, afecções cardiometabólicas e algum tipo de câncer, como o câncer de mama, na idade adulta", indicou.
Villamor explicou que no último século a comunidade científica detectou a redução da idade que as meninas têm a primeira menstruação e não se tem certeza sobre a causa.
"Achamos que pode ser devido a mudanças ambientais, já que os genes não podem ter mudado em um período tão curto de tempo. Estas mudanças poderiam estar vinculados a poluição, mudanças em fatores nutricionais e inclusive socioeconômicos", apontou.
A equipe apontou que 57% das meninas tinham deficiência de vitamina D, contra 23% das que tinham níveis suficientes de vitamina D.
Quanto à idade, as meninas com baixo nível de vitamina D tiveram, em média, sua primeira menstruação aos 11,8 anos frente os 12,6 anos que as meninas do segundo grupo levaram para menstruar.
Apesar de que, segundo Villamor, esteja claro que há uma vinculação entre o nível de vitamina D e a menstruação sua equipe não estabeleceu uma relação causal.
O professor indicou que seria necessário fazer um "estudo de intervenção" no qual se analisasse como reagiriam as meninas que recebessem um suplemento de vitamina D frente às outras, e se essa ingestão de vitamina D adicional traria como consequência um atraso na idade da menarca.
O Instituto Americano de Medicina estabeleceu que uma menina dessa idade deveria consumir diariamente 600 unidades internacionais de vitamina D, equivalentes a uma colher e meia de óleo de fígado de bacalhau, indicou Villamor, uma medida que serve como ponto de referência.
O papel mais conhecido da vitamina D, lembrou, está relacionado com a manutenção da função óssea, mas também está vinculado com o sistema imunológico e o metabolismo.
Embora não exista uma idade estabelecida para a primeira menstruação, já que muda segundo países e as condições físicas, alimentícias e de desenvolvimento de cada menina, Villamor assinalou que na Colômbia a média é 12 anos e meio.

Fonte: O Estadão

The Lancet: oximetria de pulso pode ser um exame auxiliar na triagem de cardiopatias

The Lancet: oximetria de pulso pode ser um exame auxiliar na triagem de cardiopatias congênitas

A triagem para defeitos cardíacos congênitos depende da realização de uma ultrassonografia pré-natal e do exame clínico pós-natal. No entanto, muitas vezes os defeitos não são detectados e podem levar a risco de vida. O estudo publicado no The Lancet avaliou prospectivamente a precisão da oximetria de pulso como teste de triagem para os defeitos cardíacos congênitos.
Em seis maternidades no Reino Unido, recém-nascidos assintomáticos (gestação> 34 semanas) foram examinados com oximetria de pulso antes da alta. Os bebês que não atingiram os limiares de saturação de oxigênio foram submetidos à ecocardiografia. Todos os outros bebês foram seguidos até 12 meses de idade através da utilização de registros regionais e nacionais e acompanhamento clínico. O principal resultado foi a sensibilidade e a especificidade da oximetria de pulso para detecção de defeitos cardíacos congênitos críticos (causando a morte ou a necessidade de intervenção invasiva antes de 28 dias de vida) ou doenças cardíacas congênitas importantes (que causam morte ou necessidade de intervenção invasiva nos primeiros doze meses de idade).
Dos 20.055 recém-nascidos triados, 53 eram portadores das principais cardiopatias congênitas (24 críticas), uma prevalência de 2,6 por 1.000 nascidos vivos. As análises foram feitas em todos os bebês para os quais a leitura da oximetria de pulso foi obtida. A sensibilidade da oximetria de pulso foi de 75% para os casos críticos e 49,06% para todos os principais defeitos cardíacos congênitos. Em 35 casos, já suspeitava-se de defeitos cardíacos congênitos após ultrassonografia pré-natal e a exclusão destes reduziu a sensibilidade para 58,33% para os casos críticos e 28,57% para todos os casos de grandes defeitos cardíacos congênitos. Resultados falso-positivos foram observados para 169 (0,8%) bebês, dos quais seis casos foram significativos, mas não grandes defeitos cardíacos congênitos, e 40 foram outras doenças que necessitaram de intervenção médica urgente.
Concluiu-se que a oximetria de pulso é um teste seguro, viável e que agrega valor ao rastreamento existente para defeitos cardíacos congênitos. Ela identifica casos de cardiopatias congênitas críticas que não são detectados com a ultra-sonografia pré-natal. A detecção precoce de outras doenças é também uma vantagem adicional.

sábado, 3 de julho de 2010

Sete passos para um coração saudável: publicação da American Heart Association

Esta publicação American Heart Association diz que a saúde cardiovascular ideal é definida em um adulto por cada uma das medidas abaixo:
1. Nunca ter fumado ou ter deixado de fumar há mais de um ano.
2. Índice de Massa Corporal1 (IMC) abaixo de 25 kg/m² (o IMC é calculado dividindo o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros). Calcule seu IMC.
3. Ser fisicamente ativo. As novas recomendações são para a prática de 150 minutos por semana de atividades físicas de intensidade moderada ou 75 minutos por semana de atividade física de intensidade vigorosa para uma saúde ideal.
4. Pressão arterial abaixo de 120 x 80 mmHg.
5. Glicemia de jejum2 abaixo de 100mg/dl.
6. Colesterol3 total abaixo de 200mg/dl.
7. Dieta saudável. Quatro ou cinco componentes chave da dieta. Para uma dieta de 2000 calorias4 ao dia, por exemplo, incluir:
  • Pelo menos 4 copos e meio de frutas e vegetais por dia.
  • Pelo menos duas porções de 100 gramas de peixe por semana, preferencialmente peixes como salmão, arenque, cavala, sardinha e truta.
  • Pelo menos uma porção de 30 gramas de grãos integrais ricos em fibras por dia.
  • Limitar a ingestão de sódio (sal) a 1500mg por dia.
  • Não beber mais do que um litro por semana de bebidas com adição de açúcar5.
A American Heart Association espera que estes sete fatores possam melhorar a saúde cardiovascular dos americanos em 20% até o ano de 2020 e também reduzir as mortes por doenças cardiovasculares6 e acidentes vasculares cerebrais em 20%.

domingo, 25 de abril de 2010

Diabetes Mellitus

O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (aumento de açúcar no sangue) e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos como destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros. O diabetes é comum e de incidência crescente. Estima-se que, em 1995, atingia 4,0% da população adulta mundial e que, em 2025, alcançará a cifra de 5,4%.
Os tipos de diabetes mais freqüentes são o diabetes tipo 1, anteriormente conhecido como diabetes juvenil, que compreende cerca de 10% do total de casos, e o diabetes tipo 2, anteriormente conhecido como diabetes do adulto, que compreende cerca de 90% do total de casos. Outro tipo de diabetes encontrado com maior freqüência e cuja etiologia ainda não está esclarecida é o diabetes gestacional, que, em geral, é um estágio pré-clínico de diabetes, detectado no rastreamento pré-natal. Outros tipos específicos de diabetes menos freqüentes podem resultar de defeitos genéticos da função das células beta, defeitos genéticos da ação da insulina, doenças do pâncreas exócrino, endocrinopatias, efeito colateral de medicamentos, infecções e outras síndromes genéticas associadas ao diabetes.

Os sintomas  de Diabetes são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se desenvolvem a longo prazo, são elas:
  • Sede excessiva.
  • Aumento do volume de urina.
  • Aumento do número de micções.
  • Fadiga, fraqueza ou tontura.
  • Visão borrada.
  • Perda de peso.
  • Aumento do apetite.
 Considerando a elevada carga de morbi-mortalidade associada, a prevenção do diabetes e de suas complicações é hoje prioridade de saúde pública. Algumas condições aumentam o risco de desenvolver esta doença, que podem ser modificáveis ou não, são elas

Fatores de Risco Modificáveis:
  • Obesidades ou excesso de peso.
  • Sedentarismo.
  • Hipertensão.
  • Alimentação.

Fatores de Risco Não Modificáveis:

  • Idade acima de 45 anos.
  • História familiar.
  • Síndrome do ovário policístico.
  • Histórico de doença vascular.

As pessoas com Diabetes devem:

  • Fazer consultas e exames periódicos;
  • Alimentar-se adequadamente, com 5 a 6 refeições ao dia, dando preferência a alimentos ricos em fibras;
  • Evitar doces, mel, açúcar, alimentos gordurosos, fumo e álcool;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Controlar o peso;
  • Manter o tratamento com endocrinologista;
  • Realizar acompanhamento constante por uma equipe de saúde;
  • Usar corretamente as medicações.

 As Principais complicações são:
  • Hipertensão Arterial (pressão alta);
  • Nefropatia (doença renal);
  • Retinopatia (perda visual);
  • Pé Diabético;
  • Coronariopatias (angina, enfarte);
  • AVC (derrame).

Todo diabético deve ter cuidados com os pés, pois, ao machucá-los sem perceber pode causar feridas difíceis de cicatrizar. Portanto, é de grande importância usar sapatos confortáveis, fazer hidratação dos pés, tratamento de micoses e calos.

PREVINA-SE.

sábado, 10 de abril de 2010

Hipertensão Arterial Sistêmica

Olá a todos os queridos leitores, gostaria de dizer que este blog é um espaço que servirá para a divulgação do conhecimento científico sobre a saúde pública do Brasil e do mundo para a população, sendo assim, escolhi a Hipertensão Arterial Sistêmica para inaugurá-lo, visto que, este assunto é de certa forma pouco explicado à população em geral.
A Hipertensão Arterial Sistêmica é a mais freqüente das doenças cardiovasculares. É também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio (infarto cardíaco), além da doença renal crônica terminal. Por se apresentar na maior parte dos casos sem sintomas, seu diagnóstico e tratamento é freqüentemente negligenciado, somando-se a isso a baixa adesão, por parte do paciente, ao tratamento prescrito. Estes são os principais fatores que determinam um controle muito baixo da Hipertensão aos níveis considerados normais em todo o mundo, a despeito dos diversos protocolos e recomendações existentes e maior acesso a medicamentos.
As medidas farmacológicas que um hipertenso utiliza devem respeitar rigorosamente as prescrições médicas, os medicamentos anti-hipertensivos utilizados corretamente promovem a redução não só dos níveis tensionais como também a redução de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais. Desta forma, as modificações no estilo de vida são de fundamental importância no processo terapêutico e na prevenção da hipertensão. Alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal, controle do peso, prática de atividade física, tabagismo e uso excessivo de álcool são fatores de risco que devem ser adequadamente abordados e controlados, sem o que, mesmo doses progressivas de medicamentos não resultarão alcançar os níveis recomendados de pressão arterial.

Algumas dicas:
  • Evitar alimentos com alto teor de sal
  • Não fumar
  • Diminuir o consumo de bebidas alcoólicas
  • Diminuir a ingesta de comidas ricas em colesterol
  • Evitar o estresse
  • Manter uma rotina de exercícios físicos
  • Perder peso
Alguns mitos:
  • A hipertensão arterial costuma causar sintomas, como a dor de cabeça.
A hipertensão é uma doença silenciosa, sintomas como cefaléia (dor de cabeça) podem estar relacionados ou não, mesmo assim merecem atenção.

  • Iniciar uma medicação anti-hipertensiva pode deixar o organismo de um paciente hipertenso dependente da mesma.
A maioria dos hipertensos que inicia uma medicação anti-hipertensiva, acaba tendo que usá-la de uma forma contínua e indefinida, no entanto, mudanças significativas dos hábitos de vida poderão resultar em uma normalização da pressão arterial.

  • Uma vez que a minha pressão arterial está controlada, poderei deixar de tomar a minha medicação.
A normalização da pressão arterial costuma ser fruto da ação de uma ou mais medicações anti-hipertensivas , além disso, as mudanças dos hábitos de vida são fundamentais, sendo assim, um médico deve prescrever as mudanças necessárias.