domingo, 25 de abril de 2010

Diabetes Mellitus

O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (aumento de açúcar no sangue) e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos como destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros. O diabetes é comum e de incidência crescente. Estima-se que, em 1995, atingia 4,0% da população adulta mundial e que, em 2025, alcançará a cifra de 5,4%.
Os tipos de diabetes mais freqüentes são o diabetes tipo 1, anteriormente conhecido como diabetes juvenil, que compreende cerca de 10% do total de casos, e o diabetes tipo 2, anteriormente conhecido como diabetes do adulto, que compreende cerca de 90% do total de casos. Outro tipo de diabetes encontrado com maior freqüência e cuja etiologia ainda não está esclarecida é o diabetes gestacional, que, em geral, é um estágio pré-clínico de diabetes, detectado no rastreamento pré-natal. Outros tipos específicos de diabetes menos freqüentes podem resultar de defeitos genéticos da função das células beta, defeitos genéticos da ação da insulina, doenças do pâncreas exócrino, endocrinopatias, efeito colateral de medicamentos, infecções e outras síndromes genéticas associadas ao diabetes.

Os sintomas  de Diabetes são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se desenvolvem a longo prazo, são elas:
  • Sede excessiva.
  • Aumento do volume de urina.
  • Aumento do número de micções.
  • Fadiga, fraqueza ou tontura.
  • Visão borrada.
  • Perda de peso.
  • Aumento do apetite.
 Considerando a elevada carga de morbi-mortalidade associada, a prevenção do diabetes e de suas complicações é hoje prioridade de saúde pública. Algumas condições aumentam o risco de desenvolver esta doença, que podem ser modificáveis ou não, são elas

Fatores de Risco Modificáveis:
  • Obesidades ou excesso de peso.
  • Sedentarismo.
  • Hipertensão.
  • Alimentação.

Fatores de Risco Não Modificáveis:

  • Idade acima de 45 anos.
  • História familiar.
  • Síndrome do ovário policístico.
  • Histórico de doença vascular.

As pessoas com Diabetes devem:

  • Fazer consultas e exames periódicos;
  • Alimentar-se adequadamente, com 5 a 6 refeições ao dia, dando preferência a alimentos ricos em fibras;
  • Evitar doces, mel, açúcar, alimentos gordurosos, fumo e álcool;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Controlar o peso;
  • Manter o tratamento com endocrinologista;
  • Realizar acompanhamento constante por uma equipe de saúde;
  • Usar corretamente as medicações.

 As Principais complicações são:
  • Hipertensão Arterial (pressão alta);
  • Nefropatia (doença renal);
  • Retinopatia (perda visual);
  • Pé Diabético;
  • Coronariopatias (angina, enfarte);
  • AVC (derrame).

Todo diabético deve ter cuidados com os pés, pois, ao machucá-los sem perceber pode causar feridas difíceis de cicatrizar. Portanto, é de grande importância usar sapatos confortáveis, fazer hidratação dos pés, tratamento de micoses e calos.

PREVINA-SE.

sábado, 10 de abril de 2010

Hipertensão Arterial Sistêmica

Olá a todos os queridos leitores, gostaria de dizer que este blog é um espaço que servirá para a divulgação do conhecimento científico sobre a saúde pública do Brasil e do mundo para a população, sendo assim, escolhi a Hipertensão Arterial Sistêmica para inaugurá-lo, visto que, este assunto é de certa forma pouco explicado à população em geral.
A Hipertensão Arterial Sistêmica é a mais freqüente das doenças cardiovasculares. É também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio (infarto cardíaco), além da doença renal crônica terminal. Por se apresentar na maior parte dos casos sem sintomas, seu diagnóstico e tratamento é freqüentemente negligenciado, somando-se a isso a baixa adesão, por parte do paciente, ao tratamento prescrito. Estes são os principais fatores que determinam um controle muito baixo da Hipertensão aos níveis considerados normais em todo o mundo, a despeito dos diversos protocolos e recomendações existentes e maior acesso a medicamentos.
As medidas farmacológicas que um hipertenso utiliza devem respeitar rigorosamente as prescrições médicas, os medicamentos anti-hipertensivos utilizados corretamente promovem a redução não só dos níveis tensionais como também a redução de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais. Desta forma, as modificações no estilo de vida são de fundamental importância no processo terapêutico e na prevenção da hipertensão. Alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal, controle do peso, prática de atividade física, tabagismo e uso excessivo de álcool são fatores de risco que devem ser adequadamente abordados e controlados, sem o que, mesmo doses progressivas de medicamentos não resultarão alcançar os níveis recomendados de pressão arterial.

Algumas dicas:
  • Evitar alimentos com alto teor de sal
  • Não fumar
  • Diminuir o consumo de bebidas alcoólicas
  • Diminuir a ingesta de comidas ricas em colesterol
  • Evitar o estresse
  • Manter uma rotina de exercícios físicos
  • Perder peso
Alguns mitos:
  • A hipertensão arterial costuma causar sintomas, como a dor de cabeça.
A hipertensão é uma doença silenciosa, sintomas como cefaléia (dor de cabeça) podem estar relacionados ou não, mesmo assim merecem atenção.

  • Iniciar uma medicação anti-hipertensiva pode deixar o organismo de um paciente hipertenso dependente da mesma.
A maioria dos hipertensos que inicia uma medicação anti-hipertensiva, acaba tendo que usá-la de uma forma contínua e indefinida, no entanto, mudanças significativas dos hábitos de vida poderão resultar em uma normalização da pressão arterial.

  • Uma vez que a minha pressão arterial está controlada, poderei deixar de tomar a minha medicação.
A normalização da pressão arterial costuma ser fruto da ação de uma ou mais medicações anti-hipertensivas , além disso, as mudanças dos hábitos de vida são fundamentais, sendo assim, um médico deve prescrever as mudanças necessárias.